E à medida que te ias afastando sentia-me cada vez pior. Despedi-me com um sorriso forçado, quando por dentro o que me apetecia era abraçar-te, não te largar e não te deixar ir. Chorar. Mas foste embora mesmo assim. Foste embora com a certeza que entre nós tinha sido tudo dado, tinham sido lançadas todas as cartas e tínhamos esgotado todas as soluções e caminhos para sermos felizes. Mas eu não tenho essa certeza, como tu. Sinto que mais podia ter sido feito, que podias ter dado mais de ti e puxado mais de mim. Sinto que o esforço por nós não era igual. Enquanto eu puxava toda a corda para bombordo, tu em vez de ajudares apenas mantinhas as mãos na corda, sem fazer força alguma. Estavas lá, é verdade, mas era apenas o teu corpo .. a tua vontade, essa já tinha ido embora há muito tempo.
E enquanto te afastas, lanças um breve olhar para trás e acenas. E ai, sorrio, penso que vais desistir, voltar para trás, abraçar-me e dizer que ia ser um erro, que é a mim que queres. Que vamos tentar de novo.
Mas não, acenas e segues o teu caminho com o olhar posto no futuro que agora vais começar, longe de mim, das nossas histórias, de nós. Acabou-se aqui o nós .. para ti. Enquanto houver sonhos, lá continuarei a nossa história. E lá seremos felizes, para sempre.
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